sexta-feira, 29 de novembro de 2019

Como entender o atual fenômeno das migrações internacionais? Como tratar os migrantes?


Resultado de imagem para migrantes

As migrações sempre existiram na história da humanidade. Por migrações entendemos o deslocamento de pessoas, famílias e grupos sociais de um lugar a outro, tanto dentro do próprio país como a outra nação. Vale recordar que os Direitos Universais asseguram à pessoa a possibilidade de migrar a outra região conforme os seus legítimos interesses, obrigando os países a acolherem os migrantes, a lhes darem condições de obter cidadania, de serem amparados juridicamente, com direitos e deveres civis.
Pelo geral, ao menos as grandes religiões monoteístas (Judaísmo, Cristianismo e Islamismo), tiveram no passado e ainda têm no presente grandes experiências migratórias, que acabaram despertando nelas uma aguçada sensibilidade pelos migrantes. Importantes personagens nos seus livros sagrados passaram pela experiência do deslocamento e seus infortúnios.
Podemos recordar os patriarcas Abraão, Isaac e Jacó, Moisés e a fuga do Egito, o Desterro ou Exílio na Babilônia, a diáspora dos judeus, cristãos e muçulmanos a diversas regiões do mundo antigo, as viagens missionárias do apóstolo Paulo e seus companheiros etc.
Na atualidade, o fenômeno das migrações internacionais tem-se intensificado por causa da violência política, da perseguição religiosa, da miséria econômica, da falta de oportunidades de desenvolvimento e trabalho, pela realidade da guerra e do tráfico de drogas, entre outros motivos.
O número excessivo de migrantes tem desafiado a capacidade de lhes acolher devidamente, sem descuidar dos direitos dos cidadãos nativos e suas legítimas necessidades, como habitação, alimentação, saúde, educação, trabalho, transporte, segurança etc.
Depois de um período de grandes facilidades migratórias, muitos países na atualidade têm dificultado o ingresso de estrangeiros, até mesmo por razões turísticas, estudantis e trabalhistas. Existe uma tendência cada vez mais crescente de rejeitar os migrantes supostamente para manter os direitos dos cidadãos nativos.
Infelizmente essa atitude tem alimentado o xenofobismo, que é o fechamento na própria cultura nacional, rejeitando a contribuição das pessoas procedentes de outras regiões do mundo, de modo consciente ou inconsciente.
Os cristãos, por razões humanitárias e religiosas, devem acolher os migrantes e trabalhar para que os seus legítimos direitos sejam assegurados, conforme as leis internacionais.
Devem participar ativamente de espaços para discussões das questões migratórias, apoiando políticas públicas em favor dos migrantes, especialmente das crianças, idosos e fisicamente fragilizados, fortalecendo a política internacional e as causas humanitárias em favor dos países em guerra ou que sofreram tragédias naturais.
O Papa Francisco tem insistido bastante no cuidado aos migrantes, recordando o ensinamento de Jesus Cristo: “Fui forasteiro, e me recolhestes” (Mateus 25, 35c).



Nenhum comentário:

Postar um comentário