quinta-feira, 31 de outubro de 2019

Deus realmente criou o mundo em 6 dias e descansou no sétimo? Adão e Eva realmente existiram?

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O Gênesis é o principal livro das Sagradas Escrituras que trata do tema do surgimento do mundo e da vida. A própria palavra grega “gênesis” significa origem, criação, princípio.
Trata-se de um livro bastante antigo que reúne uma série de histórias que narram os primórdios do povo de Israel e da fé judaica em Deus como Criador, contando a vida de famosos personagens, como Adão, Eva, Noé e os patriarcas Abraão, Isaac e Jacó.
Os primeiros onze capítulos do livro do Gênesis não são históricos, até porque os autores sagrados não dispunham dos indispensáveis recursos científicos da História ou da Arqueologia.
O objetivo destes capítulos não é fazer um relato histórico, mas lançar um olhar de fé sobre o surgimento do mundo e da vida, aproveitando experiências e relatos de diferentes povos e culturas.
O mais importante para os autores sagrados do livro do Gênesis era afirmar que o mundo não existia por si mesmo, que sua harmonia e beleza não eram fruto do acaso, mas que havia uma inteligência criativa e ordenada responsável pela origem do mundo e pela sua expansão, que os autores afirmaram ser Deus. Enquanto outros povos e religiões adoravam o sol, a lua e outros elementos da natureza como divindades, os judeus declaravam que só havia um Deus único e verdadeiro, inteligente e amoroso, dono e responsável pela existência do mundo.
A criação do mundo por Deus em seis dias expressava a ideia de processo e de interdependência. Ao afirmar que Deus descansou do seu trabalho criador no sétimo dia, os autores bíblicos estavam confirmando a autoridade do terceiro mandamento “Guardarás o sábado” ou “O sétimo dia pertence a Deus”.
Adão e Eva não são personagens históricos; eles representam o início da humanidade, com as suas possibilidades e limites, sua abertura a Deus e seu uso da liberdade para desagradar a Deus.
Os autores sagrados aproveitaram as histórias sobre as origens da humanidade para afirmar a dignidade do ser humano, a sua responsabilidade diante do mundo e da vida, a inclinação ao mal, a complementaridade entre a mulher e o homem, a bondade de Deus que perdoa e restaura.
A Sagrada Escritura precisa ser lida e compreendida dentro do contexto em que cada livro foi escrito, sem se limitar a uma compreensão literal nem a uma interpretação fundamentalista, que infantiliza os fiéis e não ajuda a superar a ingenuidade, pois está desvinculada do saudável diálogo entre a fé e as ciências, especialmente a Teologia e as ciências hermenêuticas.
É importante repensar a evangelização dos fiéis, especialmente as crianças, adolescentes e jovens na Catequese fundamental, para não insistir em conteúdos e metodologias caducas que, cedo ou tarde, podem gerar a sensação de ingenuidade e engano e levar à indiferença religiosa.



quarta-feira, 30 de outubro de 2019

Existe alguma relação entre o Halloween e a Festa de todos os santos?


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A realidade da morte é um dos maiores mistérios para o ser humano, tanto que uma das perguntas existenciais que regularmente visita o coração humano é “Existe vida após a morte?”
Cada cultura ou religião busca dar uma resposta a esta grande interrogação humana. Ainda que o Cristianismo católico tenha a sua própria doutrina sobre a morte muito bem estabelecida, com a expansão do Evangelho entre as nações, foi encontrando outras respostas tanto teóricas quanto práticas, e teve que conviver com elas na medida do possível.
Antes da chegada do Cristianismo ao norte da Europa, os seus habitantes tinham festas religiosas para se relacionar com os falecidos e com divindades relacionadas à morte e ao lugar dos mortos.
Mesmo depois da chegada do Cristianismo, apesar da tentativa de substituir tais festas por outras de inspiração cristã, foram preservadas algumas, muitas vezes com um caráter cultural ou folclórico.
“Halloween” vem da expressão em inglês “Hallow’s evening”, que significa véspera de Todos os Santos - uma festa católica que recorda os fiéis defuntos que alcançaram a bem-aventurança eterna, apesar de não terem a sua santidade canonicamente reconhecida pela Igreja Católica. Tal festa católica foi instituída pelo Papa Gregório IV no ano 837 para ser celebrada no primeiro dia de novembro. No Brasil, a Festa de Todos os Santos é celebrada no primeiro domingo de novembro.
O Cristianismo católico também recorda os mortos na memória dos Fiéis Defuntos (Finados), no dia 02 de novembro, em referência às pessoas que ainda não alcançaram a bem-aventurança eterna e estão se preparando para o “Céu” no “Purgatório”.
Na Festa de Todos os Santos, a Igreja insiste que todo cristão pode participar da Santidade de Deus pela fé e pela vivência do amor; e na Memória dos Fiéis Defuntos, a Igreja fala sobre o mistério da morte a partir da perspectiva cristã, clamando a Deus para que tenha piedade dos mortos e não leve em conta os seus pecados, pelos méritos da morte e ressurreição de Jesus Cristo.
Os cristãos geralmente atribuíram a Satanás (e ainda atribuem) as experiências religiosas não cristãs, demonstrando uma falta de respeito e conhecimento profundo sobre as tradições dos diferentes povos.
Não se pode negar que pessoas e grupos mal-intencionados, durante o Halloween, profanaram (e ainda profanam) o Nome de Deus e também a Eucaristia, imagens e objetos sagrados. Por isso é muito importante estar atentos principalmente nesta época.
Porém, na atualidade, o Halloween passou a ser uma festa folclórica (não religiosa) trazida pela cultura dos Estados Unidos e da Inglaterra e, assim como acontece com a Páscoa e o Natal, tem um forte incentivo comercial para a venda de fantasias e máscaras, principalmente para as crianças, mas também para adultos.
Em poucas palavras, o Halloween não é uma festa cristã, não representa a perspectiva cristã da morte e dos mortos, e pode se prestar para a profanação.
Não se proíbe, mas tampouco se incentiva a participação dos fiéis no Halloween. Em algumas comunidades cristãs, organiza-se a “Heaven’s Party” (Festa do Céu) para oferecer uma diversão saudável às crianças, jovens e adultos - que costumam se fantasiar de santas e santos populares.



terça-feira, 29 de outubro de 2019

O que você sabe sobre o HIV e a AIDS?

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O HIV é um vírus (vírus da imunodeficiência humana) que se transmite pelo sangue, sêmen, secreções vaginais e leite materno.
Tal vírus se multiplica e ataca as células responsáveis pela defesa do organismo (os glóbulos brancos ou CD4), expondo o corpo a doenças que se aproveitam da sua vulnerabilidade.
Em estágios avançados, o organismo desenvolve uma AIDS (síndrome da imunodeficiência adquirida), impedindo que a pessoa portadora do vírus reaja às doenças, mesmo com a administração regular de medicação, muitas vezes chegando à morte.
Este vírus costuma demorar um tempo para se manifestar; apesar disso, desde que a pessoa se infectou, ela já pode transmitir o vírus.
A identificação precoce da infecção pelo vírus é fundamental para reduzir a sua multiplicação no organismo e impedir que novas pessoas se infectem.
Existe um tratamento eficaz para o HIV, com acompanhamento médico regular e administração de remédio antirretroviral. Infelizmente ainda não se trata de uma cura, mas ajuda a pessoa infectada a conviver com o vírus de modo saudável, sem transmiti-lo, com um mínimo de efeitos colaterais.
São gratuitos tanto o teste para a identificação do vírus quanto o tratamento correspondente.
Ainda há muito preconceito e falta de informação a respeito do HIV e da AIDS. É preciso que os pais e educadores tratem abertamente desse assunto com os seus filhos e alunos, lembrando que toda a população está exposta a tal infecção, desde as crianças até as pessoas da terceira idade, de todos os gêneros, condição econômica, classe social, raça ou religião.
É muito importante insistir na vivencia da castidade e da fidelidade conjugal, rejeitando a promiscuidade. Sejamos afetuosos e amáveis com as pessoas portadoras do HIV e apoiemos as políticas públicas de saúde que se dedicam à sua identificação e tratamento.



segunda-feira, 28 de outubro de 2019

Existem "fantasmas" e "casas mal-assombradas"?


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Sobre o tema dos “fantasmas” e das “casas mal-assombradas”, o imaginário popular e as produções televisivas e cinematográficas se influenciam mutuamente. Então vale à pena recorrer aos ensinamentos da Igreja e das ciências humanas.
Deus é o Criador do Céu e da terra, das coisas visíveis e invisíveis, dos anjos (criaturas exclusivamente espirituais) e dos homens (criaturas corporais e espirituais ao mesmo tempo).
Tanto os anjos quanto os seres humanos foram criados por Deus com consciência e livre arbítrio para amá-Lo e servi-Lo eternamente.
No Seu Filho único feito Homem, desde toda a eternidade, Deus desejou a existência de cada ser humano, e o predestinou para que fosse Seu filho adotivo, cumprindo uma missão durante a sua existência, peregrinando na terra até alcançar a vida eterna, pela morte e ressurreição de Jesus Cristo.
Deus deu à mulher e ao homem duas possibilidades: livremente amá-Lo e servi-Lo na vida terrena e logo na eternidade feliz junto a Ele (“céu”); ou livremente deixá-lo de amar e servir na vida terrena e então passar a eternidade longe d’Ele na infelicidade sem fim (“inferno”).
Ao ser humano que cumpre parcialmente a missão recebida do Criador, após a sua morte corporal, é dada a oportunidade da penitência (“purgatório”) para a conversão plena, pelo esforço pessoal e pelas orações oferecidas pela Igreja e pelos seres queridos.
A doutrina cristã não admite a possibilidade do espírito ou da alma de um ser humano ficar vagando na terra após a morte corporal. Ou se decidiu pelo “céu”; ou está no “purgatório” para se unir a Deus; ou se decidiu pelo “inferno”. Não confundamos o Cristianismo com religiões que acreditam na reencarnação, em vidas passadas e futuras.
Vale lembrar que a salvação ou perdição eterna é da pessoa completa: corpo, mente e espírito. Qualquer separação ou divisão representaria a aniquilação da pessoa.
Os anjos que livremente decidiram amar a Deus e servi-Lo receberam a missão de estar entre as mulheres e homens na terra, inspirando-os e protegendo-os para que cumpram a meta da sua existência terrena e se unam eternamente a Deus.
No mistério do mal, Deus permite que os anjos que livremente decidiram deixá-Lo de amar e servir também estejam entre as mulheres e homens na terra, buscando desviá-los da meta da sua existência terrena para que se afastem d’Ele de modo definitivo.
Graças aos estudos cada vez melhor comprovados da Psicologia e da Parapsicologia, a mente humana - quando fortemente estimulada pela fé ou pelo medo - é capaz de, internamente, ver, escutar e sentir cheiros que não existem materialmente e; externamente, mover objetos, acender e apagar luzes, ligar e desligar aparelhos etc. Tal capacidade, ainda que real, geralmente não é controlável, nem mesmo pela pessoa que a possui.
Segundo a maioria dos exorcistas oficiais da Igreja, sim, existem casos de possessão demoníaca (não de “fantasmas”); porém a imensa maioria destes casos é atribuída a doenças mentais e psicológicas, especialmente a esquizofrenia.
A respeito das “casas mal-assombradas”, os exorcistas afirmam que os demônios não têm interesse por lugares ou objetos materiais, mas apenas pelos seres humanos, no seu objetivo de desviá-los da meta da sua existência terrena para que vaiam ao “inferno”.



sexta-feira, 25 de outubro de 2019

A mulher e o homem têm direito de interromper uma gestação?

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Nosso Deus - Criador de todas as coisas e da vida - criou os seres vivos com a capacidade de crescer e, multiplicando-se, encher toda a terra. Neste grupo nos encontramos nós, as mulheres e homens.
Enquanto a maioria dos seres vivos se multiplica exclusivamente obedecendo ao instinto sexual que move o corpo da fêmea ao do macho, e vice-versa, as mulheres e homens receberam do Criador - graças à sua condição de imagem e semelhança de Deus - a consciência e o livre arbítrio.
A atividade sexual humana - ainda que tenha uma evidente dimensão instintiva - é potencializada pela consciência e livre arbítrio, que os demais seres vivos não possuem.
Nosso Deus é o Deus da Vida: o Pai permite a vida e a sustenta com a sua providência; o Filho se fez homem para que todos tenham vida e vida em abundância; o Espírito Santo é a força vital do Pai e do Filho derramada nos corações a fim de que perseverem no caminho da vida nova e alcancem a vida eterna.
É o princípio da vida que rege os filhos de Deus e toda a humanidade. De um modo ordinário, uma vida humana deve ser gerada por uma decisão livre da mulher e do homem, plenamente conscientes da sua capacidade geradora de vida, num contexto de amor e compromisso, preferencialmente abençoado por Deus pelo sacramento do Matrimônio.
A atividade sexual humana é séria, não é pura diversão, e tem conseqüências que afetam irreversivelmente a vida da mulher e do homem nela envolvidos e também da vida que pode ser gerada.
Matar uma vida inocente, desde a sua concepção, é um crime civil passível de condenação e um pecado gravíssimo e mortal.
Podem ser imputados a mãe, o pai e os médicos e enfermeiros, inclusive o hospital.
Não tem fundamento afirmar que a mulher é dona do próprio corpo e que pode fazer o que quiser com ele, pois o feto que ela leva no útero é um ser original e independente dela, ainda que esteja protegido dentro do seu corpo.
De um modo extraordinário, a legislação civil geralmente permite que, em casos de gravidez por estupro, seja permitido interromper uma gestação nas primeiras semanas, como também em casos de que a vida da mãe esteja comprovadamente ameaçada, e em casos de fetos sem cérebro.
Mas é importante recordar que nem tudo o que a lei permite é eticamente aceitável.
É preciso que os cristãos testemunhem o Evangelho da Vida de modo integral, em todas as dimensões da existência humana, defendendo a sacralidade da vida, a sua dignidade inalienável, incluindo o âmbito familiar e sexual. A fé precisa penetrar nas mentes e nas estruturas sociais, de modo que o Reino de Deus se faça presente na esfera pessoal e social.



quinta-feira, 24 de outubro de 2019

É legítimo o tratamento preferencial dado na atualidade aos descendentes de povos que sofreram violência e injustiça sociais no passado (indígenas, afrodescendentes, judeus etc)?

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O Primeiro Testamento registra a fé dos judeus de que Javé - seu Deus - escolheu Israel de entre todas as nações - inclusive as nações mais poderosas econômica e militarmente - para ser o seu povo eleito, libertando-o das mais diversas formas de escravidão e violência. Israel era uma amostra do que Javé queria fazer com as demais nações que chegassem a acreditar n’Ele.
As quatro versões do Evangelho registram a fé dos cristãos de que Jesus - Deus Filho feito Homem - escolheu os mais pequeninos - crianças, viúvas, estrangeiros, doentes, samaritanos, prostitutas, pobres, pecadores - de entre todos os judeus para conformar o “novo povo de Deus” - a Igreja, libertando-os da influência do mal e das suas manifestações na religião e na política em Israel. Os pequeninos eram uma amostra do que Jesus - através da Igreja - queria fazer com as mulheres e homens de todas as nações que chegassem a acreditar n’Ele.
Os Atos dos Apóstolos e as cartas pastorais do Segundo Testamento registram que os Apóstolos e as primeiras comunidades cristãs - enfrentando profundas resistências, tanto entre os judeus da Palestina quanto entre os não judeus esparramados pelo Império Romano - entenderam e colocaram em prática as opções de Jesus Cristo, animados pelo poder do Espírito Santo.
Saltando velozmente no tempo e no espaço, os bispos da Igreja Católica na América Latina e no Caribe - reunidos em conferência na cidade de Puebla de los Ángeles (México, 1968) e depois na cidade de Medellín (Colômbia, 1979) - fizeram uma “opção preferencial pelos pobres”, em nome dos católicos do continente latino-americano, seguramente influenciados pela Doutrina Social da Igreja e, mais particularmente, pelo Concílio Ecumênico Vaticano II.
Para os bispos latino-americanos, os pobres têm rosto: são indígenas cujos ancestrais foram dizimados pelos colonizadores europeus; são afro-descendentes cujos ancestrais foram violentamente trazidos da África, escravizados e, “terminada” a escravidão, foram abandonados à própria sorte; entre outros grupos, como campesinos, operários mal-remunerados etc. Os pobres da América Latina e do Caribe esperavam da Igreja que lhes testemunhasse um Cristo libertador que, no mistério da Encarnação, sendo rico, fez-se pobre para nos enriquecer com a Sua pobreza.
Os cristãos têm um olho no tempo presente e nas atuais situações de injustiça e miséria, e o outro olho no tempo passado e nas suas inesquecíveis atrocidades, cujas conseqüências continuam sendo sentidas na atualidade. O Cristianismo conserva a incômoda memória diante de uma sociedade que insiste em nivelar as pessoas e convencer os cidadãos de que a todos são dadas as mesmas oportunidades, bastando que eles aproveitem as chances, como se todos partissem do mesmo ponto comum.
Para o cristão, sim, é legítimo o tratamento preferencial dado na atualidade aos descendentes de povos que sofreram violência e injustiça sociais no passado. Reconhecemos que os povos têm direito a defender os seus valores culturais e tradicionais, como as tribos indígenas e as comunidades quilombolas, com idioma próprio e uma religião ancestral. Ainda que apresentemos a eles a nossa fé e os valores da cultura ocidental e cristã, respeitamos a sua visão de mundo e nos empenhamos para que também eles tenham acesso à educação, à saúde, à defesa dos seus legítimos direitos. Para tanto, precisam ter acesso à educação básica, profissional e acadêmica, à qual estiveram historicamente privados, ainda que as constituições nacionais assegurem a igualdade de condições.
Infelizmente existem, sim, pessoas que adotam uma postura vitimista pela sua origem étnica. Mas não podemos fazer das exceções uma regra que vale para todos. Por isso é sempre importante, além de assegurar oportunidades de acesso à educação e à representatividade, fortalecer políticas afirmativas da unidade na diversidade.



quarta-feira, 23 de outubro de 2019

As mães e pais católicos estamos dando educação sexual aos nossos filhos? O que devemos lhes ensinar?

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No sacramento do Matrimônio, as esposas e os esposos se comprometem diante de Deus a educar os seus filhos segundo a fé da Igreja. Cumprindo esse compromisso matrimonial, as mães e os pais pedem o sacramento do Batismo para os seus filhos, comprometendo-se, junto com a madrinha e o padrinho, a lhes transmitir a fé que receberam da Igreja.
É um direito (e um dever) da mãe e do pai educar os próprios filhos. Por conseqüência, é um dever (e um direito) dos filhos receberem educação da própria mãe e do próprio pai.
As instituições educativas públicas e privadas estão proibidas de dar aos alunos uma educação sexual, pois essa é uma responsabilidade que corresponde às suas mães e aos seus pais.
Quando alcançam um determinado grau de desenvolvimento psico-pedagógico (durante a adolescência), os professores transmitem às suas alunas e alunos conhecimentos na área da Biologia, ajudando-os a identificar e a compreender o funcionamento dos órgãos envolvidos no sistema reprodutivo humano, como também as DST - doenças sexualmente transmissíveis - e suas prevenções e tratamentos.
Infelizmente muitas mães e pais católicos não dão educação sexual aos seus filhos. Esse tema ainda é considerado um tabu para muitos. A falta de preparação e maturidade também é um obstáculo para uma educação sexual cristã por parte das mães e dos pais. Existem muitos que vivem em união livre, sem o sacramento do Matrimônio (e, por vezes, inclusive sem o Batismo, Eucaristia e Confirmação). Ou seja, que educação cristã essas mães e pais podem oferecer? Geralmente os seus filhos não foram batizados, não freqüentaram a Catequese. Essa situação é um enorme desafio.
O conteúdo dessa educação sexual é complexo e variado. Ainda na infância é muito importante que as mães e os pais estejam atentos aos seus filhos, nas suas brincadeiras com os parentes, vizinhos e companheiros de escola, e até mesmo no contato com os familiares (irmãos mais velhos, tios, avós etc). É preciso explicar à criança para que não deixe que ninguém toque a sua genitália. Também é importante observar o comportamento das crianças e identificar qualquer tipo de anormalidade. Infelizmente grande parte da violência sexual infantil ocorre dentro do próprio lar, entre os familiares próximos.
A educação sexual deve ser proporcional à capacidade de compreensão da criança, sem a necessidade de explicações complexas, sem responder o que não foi perguntado.
Na adolescência é importante conversar com os filhos sobre o sentido cristão da sexualidade, que não se trata de uma diversão ou auto-compensação, mas que tem uma finalidade de unir mais a esposa ao esposo e que é o meio abençoado por Deus para a geração responsável da vida. Falar sobre as mudanças físicas e hormonais, a higiene sexual, o cuidado à exposição virtual etc.
Na juventude é preciso conversar com os filhos sobre o projeto de vida, a estabilidade emocional e afetiva, o respeito ao corpo alheio, a maternidade e a paternidade responsáveis, a vivência da castidade, o método anticonceptivo natural, a indissolubilidade matrimonial etc.
No caso de não se sentirem suficientemente preparados, ou de alguma situação fora da normalidade (pedofilia, estupro, violência sexual etc), é altamente recomendado o auxílio profissional, tanto na área psico-pedagógica, da saúde sexual, quanto na assistência jurídica. Também há muitos e bons livros a respeito desse assunto.



terça-feira, 22 de outubro de 2019

Pode um fiel leigo corrigir um ministro ordenado (diácono, presbítero, bispo)?


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A Igreja é - no mundo - o sacramento do Reino de Deus, um sinal visível que antecipa no tempo o que está reservado à humanidade na eternidade, atraindo - pelo testemunho da fé, da esperança e da caridade - as mulheres e homens de todos os tempos e lugares.
A Igreja é o Corpo Místico de Jesus Cristo - a Sua Cabeça. N’Ela há muitos membros e cada qual tem a sua função que visa o bem e a harmonia do conjunto. A Igreja existe para evangelizar, para fazer presente o Reino de Deus no mundo. Todos os membros - cada qual conforme os dons recebidos pelo Espírito Santo - colaboram ativamente para que a Igreja alcance a finalidade que Jesus Cristo lhe atribuiu.
Os membros da Igreja possuem a mesma dignidade diante de Deus, sobretudo graças aos sacramentos do Batismo, da Eucaristia e da Confirmação. São todos sacerdotes, profetas, reis e missionários.
O sacerdócio ministerial - que a Igreja confere aos diáconos, aos presbíteros e aos bispos através do sacramento da Ordem Sagrada, depois da indispensável formação filosófica, teológica e pastoral - está ao serviço do sacerdócio comum dos fiéis, exercido pelas leigas e leigos engajados nas diversas comunidades, pastorais e movimentos da Igreja, e também na família e no mundo do trabalho, da educação, da cultura, da economia, da política etc.
Para que exerçam com a devida responsabilidade o seu sacerdócio comum, os fiéis recebem a indispensável formação catequética inicial e permanente; alguns têm a oportunidade de aprofundar a própria formação estudando teologia para leigos.
Ainda que seja conduzida pelo Espírito Santo e alimentada pela Palavra de Deus e pela Eucaristia, a dimensão humana da Igreja continua presente e pode se manifestar na infidelidade no exercício da sua missão evangelizadora, certamente influenciada pelos valores contrários ao Evangelho presentes na sociedade.
Os membros da Igreja são continuamente chamados à conversão, à mudança de mentalidade e de atitude, a fim de viver mais plenamente a sua união com Jesus Cristo e ser no mundo um sinal da presença do Reino de Deus.
Tendo como princípio a prática da correção fraterna ensinada por Jesus Cristo no Evangelho segundo Mateus, também os fiéis leigos podem (e devem) ajudar os ministros ordenados a reconhecer as próprias limitações humanas e se abrir à graça da conversão e da vida nova.
No plano individual, são importantes as conversas interpessoais, baseadas na sinceridade, na firmeza e na ternura. No plano pastoral, são importantes os espaços formais para avaliações, tanto das atividades quanto daqueles que as exercem, sempre em vista da excelência da evangelização.



segunda-feira, 21 de outubro de 2019

"Cristianismo sem cruz" seria possível?


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Materialmente falando, a cruz foi um instrumento de morte utilizado por povos antigos para torturar e expor publicamente as pessoas que ameaçassem a ordem imposta por aqueles que exerciam o poder, muitas vezes de modo autoritário e violento.
O império romano adotou a crucifixão como prática de tortura - na Palestina da época de Jesus - e a utilizou incontáveis vezes para tentar controlar os movimentos religiosos de caráter político contrários à dominação estrangeira entre os judeus.
O Filho de Deus feito Homem - Jesus de Nazaré - foi considerado uma pessoa que ameaçava a ordem imposta pelos romanos. Eles chegaram a esta conclusão influenciados pelas autoridades dos judeus, que se sentiam ameaçados pelos ensinamentos e práticas de Jesus, que questionavam as suas tradições religiosas.
Juntamente com outros dois homens, Jesus foi crucificado e, até que chegasse à morte, Ele passou por dores físicas atrozes, além da humilhação e vergonha, do abandono.
A ressurreição de Jesus, três dias depois da sua crucifixão, transformou aquele instrumento de morte em fonte de salvação eterna para todos que acreditam n’Ele.
Simbolicamente falando, a cruz representa todo tipo de sofrimento físico, psicológico e espiritual que resulta do anúncio do Reino de Deus, que surge de causas naturais, que é infligido por uma pessoa sobre outra. Pode ser perseguições, doenças, humilhações etc.
Na atualidade, existem algumas denominações cristãs que, para conquistar novos adeptos, evitam falar dos sofrimentos que costumam acompanhar as pessoas que professam com os lábios e que demonstram com a vida a sua fé em Jesus Cristo, preferindo falar - de um modo simplista - que Deus abençoa os bons enquanto os maus padecem sofrimentos. Até mesmo dentro do cristianismo católico é possível encontrar algumas expressões dessa mentalidade e discurso.
Estamos convencidos de que não seria autêntico um cristianismo sem cruz. Seria parcial, limitado, tendencioso e, em última instância, falso e mentiroso.
Portanto, com os lábios, anunciemos que a Cruz de Cristo é a fonte da nossa salvação eterna e, com a vida, demonstremos que as cruzes físicas, psicológicas e espirituais de cada dia, suportadas com fé e amor, são a nossa maneira de completar em nós o que falta ao sofrimento redentor de Cristo em favor da Igreja.
E, claro, manifestemos o nosso repúdio a todo sofrimento imposto aos seres humanos, aos filhos de Deus, e ajudemos as pessoas a carregar as próprias cruzes com dignidade.



sexta-feira, 18 de outubro de 2019

O que realmente significa ser santo? A qual santidade Deus nos chama?


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Ser santo significa ser pleno, ser inteiro; significa alcançar a máxima expressão de si mesmo; significa cumprir plenamente o propósito da existência - apesar das situações adversas e das resistências externas.
Só Deus é Santo em Si mesmo. Ele é Aquele que é. Nós seres humanos - ainda que tenhamos sido criados à imagem e semelhança de Deus - somos limitados e imperfeitos. É um traço característico da nossa condição de criatura.
Quanto mais reconhecemos a nossa pequenez diante da grandeza de Deus, as nossas limitações diante da perfeição de Deus, mais nos sentimos atraídos pela Sua santidade e buscamos reproduzir na nossa vida os valores que admiramos n’Ele.
Aquele que nos criou e é Santo permite que nós - criaturas limitadas e imperfeitas - participemos da Sua santidade e sejamos mulheres e homens plenos, inteiros, que n’Ele nós alcancemos a máxima expressão de nós mesmos, que n’Ele nós cumpramos plenamente o propósito da nossa existência, que n’Ele nós superemos as situações adversas e as resistências internas e externas.
A santidade à qual Deus nos chama é viver uma autêntica relação de amor e fidelidade com Ele e também com as demais pessoas e criaturas ao nosso redor. Essa santidade se manifesta na oração cotidiana, na prática da caridade, na busca pela justiça e pela paz, na confiança absoluta em meio aos sofrimentos e perseguições, na resistência diante do mal e das suas múltiplas manifestações etc.
O exemplo de santidade está em Jesus Cristo - que, sim, é Deus, mas também é verdadeiramente Homem. Para alcançar a santidade e perseverar nela, Deus nos oferece o Seu Espírito Santo e a Sua Graça divina que chega até nós especialmente através dos sacramentos da Igreja - de um modo particular a Eucaristia e a Reconciliação.
A verdadeira santidade congrega e reúne as pessoas. Não é um isolamento, uma separação, um intimismo espiritual. É uma santidade vivida na terra, no mundo, como o sal que dá sabor e a luz que ilumina. A santidade é bela; atrai pela sua simplicidade e sinceridade.
A santidade é para todos: crianças, jovens, adultos, solteiros, casados, leigos, consagrados, ministros ordenados, donas de casa, trabalhadores no campo, nas fábricas, nos shopping centers, nas  universidades, no exercício da cidadania.
A vida das santas e santos canonizados pela Igreja seja uma inspiração para nós. A santidade é um belo estilo de vida, que conduz à plenitude e à felicidade.



quinta-feira, 17 de outubro de 2019

Qual é a diferença entre a autêntica caridade cristã e o assistencialismo?

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Promover a vida e fazer o bem crescer são tarefas urgentes e cotidianas que requerem compromisso, entusiasmo, ousadia, sensibilidade, união, acompanhamento, perseverança, organização, criatividade, capacidade de diálogo, preparação, altruísmo, entre tantas outras virtudes.
Diante de evidentes e inegáveis necessidades que afligem um ser humano ou todo um grupo de pessoas, é fundamental oferecer uma resposta imediata e solidária em vista de defender e proteger a vida, de não deixar que a vida pereça. Em outras palavras, é preciso tomar uma providência concreta para amenizar uma situação emergencial.
Assistir pessoas necessitadas foi uma prática muito comum de Jesus Cristo e também dos discípulos d’Ele: doentes foram curados, atormentados foram libertos, famintos foram saciados, humilhados foram exaltados, tristes foram consolados, perdidos foram encontrados, pecadores foram perdoados, e muito mais.
A caridade de Cristo e dos cristãos é a primeira e maior virtude, seguida da fé e da esperança. É um gesto gratuito, desinteressado e carregado de amor. É o reconhecimento de que Deus Pai e Deus Filho, de um modo misterioso, mas real, está presente na pessoa assistida. É o pleno cumprimento da Lei que ensina a amar a Deus e ao próximo.
Costuma-se dar o nome de “assistencialismo” a ações que promovem a vida e fazem o bem crescer, mas que são mal-intencionadas, que visam exaltar pessoas ou instituições, que não são gratuitas nem generosas, que se limitam à atenção inicial sem pensar na continuidade nem nas causas estruturais, que não busca uma solução definitiva, que é simplista e inconstante.
É claro que as pessoas necessitadas devem estar diretamente envolvidas na mudança de mentalidade e de atitudes, e devem estar conscientes de que a assistência recebida é emergencial e circunstancial, e que ninguém pode substituí-las no seu processo de crescimento e maturidade, de assumir a própria vida - principalmente porque são muitas as pessoas necessitadas para receber ajuda.
A caridade cristã algumas vezes pode se tornar assistencialista quando os fiéis agem mais pela emoção do momento que pela consciência da dignidade do ser humano, quando se limitam a ações pontuais e circunstanciais, sem visão de processo, sem envolver a iniciativa pública e privada, sem atingir as causas estruturais, quando são utilizadas como propaganda para atrair novos cristãos de modo proselitista, quando estão voltadas exclusivamente para os membros da Igreja etc.
É sempre importante conservar uma atitude de auto-crítica a fim de que seja preservada a autêntica caridade cristã, que satisfaz as necessidades do tempo presente e que também se projeta para a salvação eterna. Assim a caridade cristã vai se diferenciar do assistencialismo.



quarta-feira, 16 de outubro de 2019

Quanto tempo deve durar um namoro para os cristãos?


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“Por isso um homem deixa seu pai e sua mãe, se une à sua mulher, e eles se tornam uma só carne” (Gênesis 2, 24; Marcos 10, 7)
Exceto os cristãos que - correspondendo a uma graça especial recebida diretamente de Deus - decidem de modo livre e legítimo se consagrar a Ele na vida religiosa (e fazem voto de castidade) ou escolhem o sacerdócio ministerial (e assumem o compromisso do celibato) ou optam pela vida solteira (e se dedicam a alguma causa nobre), a imensa maioria dos seguidores de Jesus Cristo se sente chamada a viver o seu compromisso cristão no mundo da família, com a graça do sacramento do Matrimônio.
Considerando essa realidade, os pais e educadores devem acompanhar os seus filhos e alunos, ajudando-os a se preparar para o estado de vida que livre e legitimamente estão escolhendo, compreendendo e assumindo os seus deveres correspondentes.
O namoro é a etapa na qual a moça e o rapaz se dão a conhecer, apresentando a própria personalidade, os projetos e valores pessoais, acercando-se dos familiares e amigos mais próximos, oferecendo e recebendo apoio afetivo e motivacional para a superação de limitações e desafios, crescendo na confiança mútua etc.
O namoro é mais que diversão ou passatempo; é mais que sedução ou conquista; é mais que abraços e beijos. O namoro tem um olho que observa o presente enquanto o outro contempla o futuro. Ninguém tem direito de cativar uma pessoa para depois abandoná-la. Um rapaz não tem direito de enganar uma moça - fazendo-a perder tempo inutilmente - e vice-versa.
Principalmente os cristãos aproveitam a etapa do namoro para conversar sobre a Vontade de Deus a respeito da mulher e do homem na vivência da afetividade e da sexualidade, colocando todas as suas capacidades e recursos à disposição do cumprimento dessa Vontade.
Em outras palavras, para os cristãos o namoro está em vista do sacramento do Matrimônio, onde a vocação humana ao amor encontra a sua máxima expressão e realização, inclusive na abertura à fecundidade conjugal.
O namoro deveria ser imediatamente interrompido se uma das partes percebesse que a outra não tem a sincera intenção de chegar ao Matrimônio, ou não está disposta a assumir os seus deveres correspondentes, ou não coloca todas as suas capacidades e recursos para cumprir a Vontade de Deus.
Para os cristãos o namoro é algo sério. Por isso os pais e educadores acompanham os rapazes e moças para que vivam essa etapa prévia ao Matrimônio pelo tempo justo e preciso - sem pressa e também sem lerdeza - aprofundando a espiritualidade conjugal e se organizando financeiramente para a vida em família.



terça-feira, 15 de outubro de 2019

De que se trata a chamada "ideologia de gênero"?


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A expressão “ideologia de gênero” é utilizada pelas pessoas que criticam alguns segmentos da sociedade que, baseando-se nas ciências da saúde e nas ciências humanas - e não em tradições e costumes religiosos -, propõem aos poderes legislativo, judiciário e executivo que aprovem a disciplina da educação sexual no ensino fundamental e médio, com professores e materiais didáticos apropriados, em vista de promover o respeito à diversidade sexual.
A família - não o Estado - tem o direito e o dever de oferecer aos filhos uma educação conforme as suas tradições e costumes, incluindo a educação sexual e as referências religiosas.
A sexualidade é um tema complexo que não se limita a sua dimensão corporal exterior (órgãos sexuais), mas inclui também a sua dimensão corporal interior (hormônios, neurônios), a sua dimensão psicológica (auto-identificação, emoções, sentimentos, maturidade), a sua dimensão sociológica (cultura, valores, comportamentos, tradições).
Os papéis e comportamentos assumidos pela mulher e pelo homem são culturalmente diversos. Há culturas onde o homem sai de casa para trabalhar enquanto a mulher cuida do lar e dos filhos. E há culturas onde acontece justamente o contrário. Em alguns países, os homens se cumprimentam com um beijo no rosto e caminham de mãos dadas. Enquanto, em outros países, tais gestos são considerados impróprios.
Muitos pais e responsáveis - como também instituições e seus membros - não estão teórica e didaticamente preparados para tratar do complexo tema da sexualidade e, muitas vezes, oferecem aos filhos uma educação sexual que não promove o respeito à diversidade.
Alguns segmentos da sociedade têm tratado de impor um modelo de educação sexual sem um suficiente diálogo entre os diferentes agentes sociais e sem a necessária paciência histórica, algumas vezes buscando reproduzir em seus países os resultados obtidos em outras nações.
O resultado deste diálogo com a sociedade pode incidir em outros temas complexos como casamento homo-afetivo, adoção de crianças por homossexuais, cirurgias de trans-sexualidade etc, com seus direitos sociais reconhecidos.



segunda-feira, 14 de outubro de 2019

Quais são as diferenças entre a justiça de Deus e a justiça dos homens?


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Sendo imagem e semelhança de Deus justo, o homem é chamado a viver na justiça e a promovê-la. Para ajudá-lo nessa tarefa, Deus deu a conhecer ao homem a Sua vontade através dos mandamentos. O conhecimento da vontade de Deus permitiu que o homem conhecesse também as próprias limitações pois, querendo fazer o bem, faz o mal que não quer. Para ajudá-lo, Deus envia ao homem Jesus e o Espírito Santo e, pelo sacramento da Eucaristia e da Reconciliação, dá ao homem a Sua Graça para avançar na vivência e na promoção da justiça, esperando a vida eterna, fruto da justiça divina, plenamente manifestada na morte e ressurreição de Jesus. Inspirando-se na justiça divina e na sabedoria acumulada da humanidade, o homem vai criando e consolidando instituições que visibilizem a justiça nas causas pessoais e sociais, buscando corrigir os próprios erros.



sexta-feira, 11 de outubro de 2019

Qual é o sentido do silêncio durante a Eucaristia?

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Recordando que a Eucaristia é mais que o pão e o vinho consagrados e recebidos em comunhão, o sentido do silêncio durante a Eucaristia é tomar consciência do mistério e da dignidade do que está sendo celebrado. Trata-se de um silêncio orante, carregado de sentido. Há pelo menos dois momentos fundamentais de silêncio profundo: depois da homilia na Liturgia da Palavra, e depois da comunhão, na Liturgia Eucarística. O silêncio deve ser interior e também exterior, incluindo os instrumentos e os ministros da música litúrgica, como também os desnecessários movimentos.



quinta-feira, 10 de outubro de 2019

Qual é o conteúdo do "kerigma", do primeiro anúncio?

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"Kerigma" (do grego, significa anúncio) é a Boa Notícia que Jesus, em primeiro lugar, e os apóstolos, depois, transmitiram às mulheres e homens a fim de despertar a fé, motivar a conversão e alcançar a salvação.
O conteúdo do "kerigma", do primeiro anúncio, transmitido por Jesus e pelos apóstolos é:
- o amor de Deus
- o pecado da humanidade
- a salvação através de Jesus (encarnação, morte e ressurreição)
- a fé
- a conversão
- o Espírito Santo
- a Igreja
- a vida eterna



quarta-feira, 9 de outubro de 2019

Qual a diferença entre alma e espírito?


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Cada mulher e homem, além de ser corpo, também é alma e espírito. A alma é o que dá vida ao corpo (ser animado). Na alma estão a vontade, a liberdade, os sentimentos, os projetos. Cientificamente falando, a alma seria a mente humana, a psiqué. O espírito é a dimensão sagrada do ser humano, que faz dele imagem e semelhança de Deus, que lhe permite conhecer e se relacionar com Deus, com o que está além dos seus cinco sentidos e da sua capacidade intelectual.


terça-feira, 8 de outubro de 2019

Quem são os ministros no sacramento do Matrimônio?


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No sacramento do Matrimônio, os ministros são a noiva e o noivo. O bispo, presbítero ou diácono é testemunha qualificada.



segunda-feira, 7 de outubro de 2019

Em que se baseia a Igreja para reconhecer um santo como doutor?


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Algumas santas e santos são reconhecidos pela Igreja como doutoras e doutores.
Para reconhecer a uma santa ou santo como doutora ou doutor, a Igreja se baseia nos seus ensinamentos e escritos, profundamente enraizados na Palavra de Deus e na Tradição.



sexta-feira, 4 de outubro de 2019

Quais são os três graus do Sacramento da Ordem?


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O Sacramento da Ordem tem três graus: diaconato (diáconos transitórios e permanentes), presbiterato (padres/sacerdotes) e episcopado (bispos, cardeais e o papa).



quinta-feira, 3 de outubro de 2019

Como se chama o método mais utilizado na Igreja para a oração pessoal e comunitária a partir da Palavra de Deus?


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Esse método tem quatro passos, que começam depois da invocação ao Espírito Santo:
- Leitura: O que diz a passagem bíblica (personagens, lugares, palavras importantes)
- Meditação: O que me/nos diz a passagem bíblica (atualização)
- Oração: O que me/nos faz dizer a Deus a passagem bíblica (louvor, perdão, súplica, entrega)
- Contemplação: O que me/nos faz ouvir de Deus a passagem bíblica (resposta à oração)
Esse método se chama Lectio Divina - Leitura orante da Bíblia



quarta-feira, 2 de outubro de 2019

Biblicamente, o que significam as palavras "demônio", "diabo", "satanás", "belzebu"?

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Na Bíblia, “demônio” é um gênio (voz interior) que inspira a pessoa para o mal; “diabo” é quem calunia e acusa; “satanás” significa adversário; “Belzebu” é uma divindade nas mitologias filistéia e cananéia, que une “baal” (senhor dos trovões, agricultura e fertilidade; da morte e crueldade) e “zebub” (deus das moscas e pestilências).



terça-feira, 1 de outubro de 2019

Como os cristãos leigos e leigas podem exercer a missão que receberam de Cristo na Igreja e no mundo?


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Pelo Sacramento do Batismo, o cristão participa da missão profética (ensinar/anunciar/denunciar), real (governar) e sacerdotal (santificar) de Cristo.
Os cristãos leigos e leigas podem exercer a missão profética, real e sacerdotal que receberam de Cristo:
- Na família (igreja doméstica): honrando mãe e pai, vivendo a fidelidade conjugal, oferecendo aos filhos educação humana e cristã, administrando os bens materiais, buscando a prosperidade com honestidade, nas orações, nas bênçãos mútuas, na correção fraterna, no respeito, no perdão, gerando e acolhendo novas vidas com responsabilidade etc;
- Nas comunidades, pastorais e movimentos (Igreja local): aprendendo e realizando ministérios e serviços, transmitindo a fé às novas gerações, servindo na caridade os irmãos necessitados, promovendo a comunhão entre os pastores e os fiéis, aprofundando a experiência com Deus, promovendo a manutenção dos templos e bens materiais, constituindo novas comunidades nas periferias, promovendo a formação humana etc;
- No mundo (sociedade): trabalhando com honestidade, mantendo-se informado, interessando-se pelos problemas locais e globais e propondo soluções, denunciando a corrupção e a violência, participando da vida política e social, participando de sindicatos, organizações não-governamentais, sendo presença de Deus pelo testemunho de vida, aproveitando as oportunidades para fazer o bem e anunciar a Deus, defendendo serviços públicos de qualidade, assumindo responsabilidades, priorizando o ser acima do ter, a ética acima da técnica, promovendo o crescimento sustentável, vivendo em harmonia com as diferentes culturas e com a natureza, buscando a verdade integral e fazê-la acessível a todos etc.